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segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que é educação a distância (*)

 

José Manuel Moran

 

Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.

  

É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.

  

Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.

  

Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.

  

Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.

  

A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.

  

Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.

  

As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.

  

Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.

  

O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.

  

As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.

  

Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.

  

Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).

  

Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.

  

A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.

  

As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.

  

Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância.

  

Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.

  

O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.

 

Editado por: Washington Grimas

Ambientes virtuais de aprendizagem: do "ensino na rede" à "aprendizagem em rede"

Rosane Aragon de Nevado 1

O uso de ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs)2 vem crescendo nos mais diversificados contextos educativos, como forma de ampliação dos espaços pedagógicos, facilitando o acesso à informação e à comunicação em tempos diferenciados e sem a necessidade de professores e alunos partilharem os mesmos espaços geográficos.

No entanto, essa expansão dos espaços educacionais, por si só, será capaz de definir mudanças significativas no panorama educacional brasileiro? Podemos pensar, para além da ampliação dos espaços educacionais, em uma potencialização e melhoria da qualidade das interações e aprendizagens?

Antes de seguir na busca de respostas a essas questões, convém caracterizar brevemente os ambientes virtuais de aprendizagem. Do ponto de vista tecnológico, podemos considerar os AVAs como conjuntos organizados de recursos, funcionalidades ou ferramentas multimídias. Porém, do ponto de vista educacional, são bem mais do que isso, a dimensão sócio-cognitiva é que os caracterizará. Conforme Barajas (2003), AVA pode ser definido como “um espaço ou uma comunidade organizada com o propósito de aprender”, o que implica a presença e articulação de (i) uma concepção definida sobre conhecimento e aprendizagem; (ii) uma proposta metodológica coerente que concretize essa concepção em ações e interações (iii) um suporte tecnológico potente e apropriado para apoiar e incrementar as atividades e trocas grupais.

A educação na virtualidade, do mesmo modo que na presencialidade, pode ocorrer sob distintas orientações educativas. Ambientes concebidos para desenvolver propostas de ensino – ambientes para ensinar – buscarão simular a organização da escola tradicional. Ambientes concebidos para mediação da aprendizagem buscarão dar suporte às interações e às produções individuais e coletivas.

Ambientes para ensinar

Os ambientes para ensinar encontram suportes em paradigmas que definem o conhecimento como algo externo ao aprendiz e defendem que a função do ensino será apresentar o conhecimento ao aluno, além de modelar (ou formatar) a sua aprendizagem, de forma a garantir sua retenção no tempo. Nessa concepção:
• O conhecimento é um produto fixo e acabado que pode ser transmitido por um professor, mediante a escolha de algumas estratégias de ensino apropriadas;
• Ao professor (enquanto especialista) cabe elaborar os conhecimentos, as “certezas”, e apresentá-los de forma clara e organizada para facilitar a sua transmissão;
• Ao aluno (enquanto receptor) cabe uma postura passiva, ele deverá “adquirir” ou receber os conhecimentos, retendo uma representação, que seja a mais exata possível, do conhecimento do professor ou especialista.
Essas premissas instrucionistas determinam uma abordagem de ensino na rede, trazendo conseqüências para o delineamento dos ambientes virtuais, tais como:
• a organização do ambiente procurará responder às mesmas rotinas preparadas para o ensino presencial tradicional; os materiais serão elaborados por professores (enquanto especialistas), tendo como objetivo que esses sirvam como mediadores entre o aluno e o conhecimento;
• cada disciplina, ou atividade, tratará das suas questões sem que ocorram interações entre conteúdos de diferentes áreas do conhecimento e sem levar em conta os interesses, aspirações e os diferentes níveis de construção intelectual do estudante;
• o nível de interatividade será limitado, assim como a liberdade de ação e autoria, já que o conhecimento é concebido como um produto fixo e acabado, que deverá ser transmitido por um professor ou material instrucional;
• as navegações na rede Internet serão controladas, o professor definirá quais os sites e materiais a serem consultados, buscando evitar que o aluno desvie sua atenção das atividades prescritas;
• ao aluno (enquanto receptor) caberá uma postura passiva e dependente, ele deverá “adquirir” ou receber os conhecimentos, retendo uma representação, a mais exata possível, do conhecimento do professor ou especialista.
• as comunicações serão afetadas pelas relações heterônomas, resultando no predomínio das comunicações centradas no professor (detentor do conhecimento) e pela competitividade entre os alunos.

Ainda que muito criticada, a concepção reprodutivista encontra-se amplamente difundida e utilizada em treinamentos, formações e cursos online. Nesse sentido, os ambientes virtuais (para ensinar) têm servido a uma sofisticação do trabalho convencional da sala de aula transmissiva, apenas acrescidos por recursos tecnológicos avançados, sem que ocorram diferenças importantes nas relações entre professores e alunos e na qualidade das aprendizagens.

Ambientes para aprender

Segundo estudos como os de Deschênes (1998) e Riaño (1996), bem como por trabalhos desenvolvidos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (Fagundes, 1993; Nevado et alli, 2001, entre outros), as perspectivas de mudança não residem apenas na disponibilização de suportes tecnológicos potentes, mas em novas formas de conceber e praticar a educação, entendendo que o conhecimento nasce do movimento, da dúvida, da incerteza, da necessidade de busca de novas alternativas, do debate, da troca.

Nessa concepção, que chamamos construtivista:
• O conhecimento não é um produto fixo e acabado, ele é construído num contexto de trocas, mediante um tensionamento constante entre o conhecimento atual (“certezas atuais, provisórias”) e as “dúvidas” que recaem sobre essas certezas, conduzindo ao estabelecimento de novas relações ou conhecimentos (novas certezas, ainda que também temporárias);
• Ao professor cabe a função de promover a aprendizagem, estimular o diálogo, provocar a emergência de situações de dúvidas (desequilíbrios) e apoiar as reconstruções (novos conhecimentos);
• Ao aluno cabe uma postura ativa, a ele cabe experimentar, compartilhar, criar, interagir para compreender.
A aplicação dessas idéias à organização dos ambientes virtuais de aprendizagem tem como conseqüência o abandono da perspectiva de “ensino na rede” em favor de processos de “aprendizagem em rede”, caracterizadas por enfatizar:
• A formação de comunidades virtuais, redes de interações e formas renovadas de formação continuada, mudando o foco do ensino para a construção de aprendizagens cooperativas;
• A ampliação dos “espaços” e a criação de novos "espaços" de aprendizagem – criação de webfólios, páginas web, uso de blogs, ferramentas de comunicação, dentro e fora das instituições de ensino;
• O estabelecimento de novas temporalidades decorrentes das comunicações assíncronas, como o uso de fóruns;
• Flexibilizações nas relações entre professores e alunos e entre os grupos de alunos, buscando-se o desenvolvimento de atividades e projetos partilhados, nos quais o professor funcionará como um parceiro experiente e não como um centralizador de saberes;
• Aproximações entre a educação presencial e a distância, seja pela introdução de tecnologias da telemática em situações presenciais (uso de chat, fóruns etc.), seja pelas novas definições de presencialidade (presença virtual – participação na rede);
• Com o incremento da circulação (troca) de diferentes pontos de vista que convivem na rede, essas diversidades são confrontadas e provocam os "estados de dúvida" que, por sua vez, geram novos conhecimentos e valores;
• A disponibilização de uma diversidade de informações que podem ser reinterpretadas e reelaboradas, contribuindo para a formação de uma dimensão coletiva da inteligência, mediante processos de autoria, de novas formas de escrita e leituras coletivas, nas quais os textos são reconfigurados, aumentados e conectados uns aos outros por meio de ligações hipertextuais.

Nessa concepção, os ambientes virtuais de aprendizagem assumem uma nova organização, prevendo a articulação dos espaços, buscando superar as fragmentações disciplinares. Os instrumentos de comunicação são sintonizados com a criação de práticas interdisciplinares e com a busca de relações dialógicas entre professores e alunos.

Redes de Aprendizagem na formação de professores

A “aprendizagem em rede”, tomada no âmbito mais específico da formação continuada de professores, não poderá prescindir de ações que possam traduzir as idéias (teorias) em práticas.

Aprende-se sempre, sendo necessário que o professor tenha uma formação continuada. Essa formação pode adquirir inúmeras formas, e uma das mais importantes poderá ser a de comunidades virtuais de aprendizagem.

Como podemos definir uma comunidade virtual? De acordo com Costa, Fagundes e Nevado (1998), uma comunidade virtual não deve ser confundida simplesmente com a construção de espaços físicos na rede. Isto pode ser apenas uma nova dimensão do espaço físico. São as interações e as parcerias entre as pessoas que definem a comunidade. Comunidades virtuais implicam ligações entre pessoas que partilham idéias, atividades ou tarefas. Isso envolve a busca de idéias diferentes, de novas estratégias ou práticas que possam auxiliar os membros a re-pensar o seu modo de fazer as coisas. Comunidades vibrantes convivem com uma unidade de propósitos balanceados, com uma rica diversidade de experiências, o que pode exigir, em grande escala, comunicação com outros grupos com diferentes registros lingüísticos, com outros padrões culturais e valores regionais diversos.

O que se aprende nesses espaços não pode ser precisamente definido anteriormente, mas essa aprendizagem organiza-se conforme os objetivos (definidos em parceria) e os diferentes contextos.

Como exemplo de comunidade virtual citamos a formação continuada dos professores-multiplicadores, em nível nacional, incentivada pelo ProInfo, que vem oferecendo uma programação nacional de atualização constante. Dentro desse programa, foram desenvolvidos e ainda serão oferecidas diversas formações na modalidade a distância e em serviço.

Consideramos importante, no contexto da formação continuada, a realização de pesquisas e experiências que enfoquem novas formas de avaliação compatíveis com as mudanças que estão sendo gradativamente incorporadas. Não podemos insistir em avaliar os aprendizes enquanto consumidores de informação se, agora propomos o desenvolvimento de novas competências mediante a criação de situações de aprendizagem em que os processos de instrução cedem lugar aos processos comunicacionais, às trocas de saberes, às construções coletivo-individuais, às maneiras criativas de fazer e de interagir com os outros, ao trabalho autônomo, à coragem de enfrentar o desconhecido.

 

P Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade e compromisso com o meio ambiente.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Os oito perfis de profissionais que atuam na área de TI

Os oito perfis de profissionais que atuam na área de TI

Publicada em 13 de janeiro de 2010 às 12h30

Uma visão divertida das pessoas que hoje compõem a equipe comandada pelos CIOs e os motivos que as levam a ser consideradas diferentes dentro da organização

De forma geral, os profissionais da área de TI são vistos como um grupo à parte dentro da organização. Os assuntos com os quais eles lidam e a dificuldade de se comunicar com o restante da organização faz com que a equipe comandada pelo CIO se afaste do resto da companhia.

Como forma de mapear hoje o perfil das pessoas que optam pela área de TI, o Computerworld criou um guia divertido e que pode ajudar o gestor de TI a identificar e entender melhor os profissionais de sua equipe.

1.  O terno vazio
Cargos: Gerente de TI e analista de negócios
Perfil:
Contratado para ser uma ligação entre a gestão de alto nível e os técnicos. Atua como um intermediário durante as visitas de clientes. Decorou a maioria das siglas importantes e domina a arte de assentir conscientemente em reuniões e, em seguida, navegar pela Wikipedia para descobrir sobre o que se estava falando. Em alguns casos, pode ter um diploma ou certificado de alguma instituição online duvidosa.

Hobbies: Controlar os novatos
Último livro lido: O Manifesto ClueTrain
Maior realização: Perder propositalmente jogos de golfe para os demais executivos da companhia
Traços marcantes: Imitações baratas de roupas
Ídolo: Michael Dell
É parecido com: Michael Scott (Steve Carrel) da série de TV “The Office”

2. O assustador administrador de sistemas
Cargos: Administrador de rede e administrador de bancos de dados.
Perfil: A companhia não funciona sem sua presença – e esse profissional sabe disso. Felizmente, ele gosta mais de lidar com máquinas do que com pessoas, então o restante da empresa pode ficar tranquilo e confiante, porque ele gasta mais tempo do que o necessário para manter os sistemas ativos.

Hobbies: Ganhar certificados, escrever subrotinas de segurança para redes em código binário para proteger dados do setor
Último livro lido: “O Livro Completo de Truques Sujos” (Get Even: The Complete Book of Dirty Tricks, en inglês)
Maior realização: Manteve toda a rede refém ao se recusar a fornecer as senhas para o "Terno Vazio"
Traços marcantes: Algemas e um macacão laranja
Ídolo: Terry Childs (ex-administrador de redes nos EUA que ganhou notoriedade ao bloquear o acesso a uma rede em São Francisco, Estados Unidos)
É parecido com: Terry Childs

3.  A barricada humana
Cargos: Desenvolvedor de software, arquiteto empresarial e administrador de sistemas.
Perfil: Independentemente do projeto ou tarefa apresentados, a "barricada humana" sempre responde da mesma forma: não é possível. A resposta é seguida por uma lista dolorosamente detalhada de todas as razões pelas quais o projeto custará muito, terá baixo rendimento ou não poderá ser integrado no tempo necessário. E, é claro, foi uma má ideia desde o começo.

Hobbies: Reclamar
Último livro lido: “Odeio Esse Lugar: O Guia da Vida para o Pessimista” (I Hate This Place: The Pessimist’s Guide to Life, em inglês).
Maior realização: Não ter realizado nada desde 1979
Traços marcantes: Camisesta com gola polo, calça cáqui e ainda carrega uma régua de cálculo
Ídolo: O personagem Eeyore - o burrinho do desenho animado o "Ursinho Pooh"
Mais se parece com: O androide paranóico Marvin, de “The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy”

4. O zangão irritado do suporte
Cargo: Técnico de suporte
Perfil: Contratado para andar de mesa em mesa consertando computadores de pessoas que parecem não valer o seu tempo. Fará o que você pedir e nada a mais. Sabe mais do que você em relação a computadores – algo que ele consegue provar em todas as conversas – mas não está interessado em compartilhar informações úteis.

Hobbies: Armas, tiroteios e atos de violência aleatórios
Último livro lido: “Qual a Cor do Seu Paraquedas?” (What Color is Your Parachute?, em inglês)
Maior realização: Morte tripla jogando Halo
Traços marcantes: Carranca permanente e tênis Nike de 1982
Ídolo: William “D-fens” Foster (Michael Douglas) em “Um Dia de Fúria”
Mais se parece com: Milton Waddams (Stephen Root) em “Office Space”

 

5. O Supernerd

Cargos: Engenheiro de softwares e programador sênior.
Perfil: Inteligente, lógico e anti-social ou, em outras palavras, o que a maioria das pessoas pensa de um profissional de TI. O Supernerd pode ser classificado como introvertido, com pensamento intuitivo e julgador de caráter. Se ele precisar se comunicar com seres de inteligência inferior (exemplo: você), prefere fazer isso por e-mail.

Hobbies: O que são essas coisas chamadas hobbies?
Último livro lido: “Código: A Linguagem Oculta de Hardware e Software de Computadores” (Code: The Hidden Language of Computer Hardware and Software, em inglês)
Maior realização: Reescrever completamente e analisar cada linha do código de um sistema sem ninguém ter percebido
Traços marcantes: Algumas vezes confunde a vida real com Second Life ou digita no ar sem perceber
Ídolo: Mr. Spock
Mais se parece com: Dr. Sheldon Cooper (Jim Parsons), da série de TV “The Big Bang Theory”

6.  O fã de sistemas operacionais
Cargos: Help desk, técnico de suporte, programador.
Perfil:
Há apenas um caminho verdadeiro – e, mais importante, apenas um sistema operacional verdadeiro – para essa pessoa. Todos aqueles que não acreditam nisso são tolos, cujas necessidades tecnológicas serão ignoradas. Apesar de, na maioria dos casos, associados aos produtos da Apple, algumas vezes também gostam das plataformas Windows ou até mesmo Linux. Todas as conversas terminam com justificativas sobre as razões pelas quais o sistema operacional dele é melhor, apesar da companhia não utilizá-lo.

Hobbies: Retrucar comentários de artigos online que criticam o sistema operacional de sua escolha
Último livro lido: Nenhum; apenas lê blogs sobre o seu sistema operacional favorito
Maior realização: Crackear o iPhone, manter-se aliado ao Windows Vista, controlar todas as editorias da Ubuntu wiki
Traços marcantes: Botões de orelha branca, camiseta original estilo Microsoft Bob, um pinguim empanado
Ídolos: Steve Wozniak, Bill Gantes, Linus Torvalds
Mais se parece com: Steve Ballmer

7.  O promessinha
Cargos: Outbound de vendas, desenvolvedor de negócios
Perfil:
Não há nada que essa pessoa não diga para fechar um negócio. Você quer recursos que o produto original não tem? Fechado. Se precisa de algo em seis meses, o "promessinha" conseguirá em três. É claro, ele não tem que entregar nada – esse é um trabalho para os desenvolvedores. Atrasos, gastos excessivos e recursos extras serão a dor de cabeça de outra pessoa.

Hobbies: golfe, Michelob Ultra
Último livro lido: “A Arte da Guerra” (Sun Tzu)
Maior realização: Fechar um negócio de software corporativo de milhões de dólares usando uma versão de demonstração baixada da internet
Traços marcantes: Sorriso de vendedor de carros usados.
Ídolo: Blake (Alec Baldwin) em “O Sucesso a Qualquer Preço”
Mais se parece com: Jack Donaghy (Alec Baldwin) em “30 Rock”

8: O vulto
Cargos:
Desconhecidos
Perfil: Não é problema meu, não é meu trabalho, não é culpa minha – esse é o slogan do Vulto que, de alguma forma, consegue ocupar espaço no departamento de TI (e receber um pagamento) sem preenchê-lo. Ninguém sabe ao certo o que o Vulto faz, sempre porque ele ou ela se tornou um expert em não fazer quase nada. Com o tempo, o Vulto pode receber responsabilidades de gestões, para depois evoluir para a "barricada humana".

Hobbies: Vender hardware não usado pela empresa no eBay durante o almoço
Último livro lido: “Ninjutsu: A Arte da Invisibilidade” (Ninjutsu: The Art of Invisibility, em inglês)
Maior realização: Tirar um mês de férias sem que o chefe percebesse
Traços marcantes: Nenhum
Ídolo: Sargento Schultz (John Banner) em “Hogan’s Heroes”
Mais se parece com: Uma célula não identificada na folha de pagamento


(Dan Tynan)

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