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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Os cinco passos para realizar uma gestão estratégica de liderança

Os cinco passos para realizar uma gestão estratégica de liderança


Os tempos mudaram e pedem uma nova definição de líderes, já que o conceito básico de subordinação já não se aplica mais.

Precisamos de menos chefes e mais líderes para que as pessoas ultrapassem limites, se transformem e construam negócios a partir de seus sonhos. O chefe apenas cumpre as metas e suas funções de coordenação de pessoas e de gestão de negócios. Mas o que torna alguém um líder? Dizem que há mais de 150 definições de liderança nos manuais de administração e que existem mais de 3,1 mil livros americanos publicados com a palavra "líder" no título. Em uma navegação diagonal pela internet, percebe-se que todas as organizações exigem dos profissionais "líderes" posturas distintas do que se espera de um CEO, por exemplo.

O consenso considera que, para se tornar um líder, uma pessoa deve estar incluída em uma rede de relacionamentos e conseguir, por meio dela, unir diferentes perfis em uma ação conjunta, em torno de uma causa comum. Ou seja, um líder coloca suas competências a serviço de suas visões, seus valores e seus objetivos; visualiza o futuro; mobiliza esforços e engaja as pessoas para o mesmo fim. Os líderes são capazes de viabilizar grandes realizações por meio de equipes, compreender e explorar o que existe de melhor em cada pessoa e reduzir a distância entre objetivo e resultado. Enfim, têm seguidores, pois percebem que podem promover o que as pessoas mais procuram: alternativas para sua jornada pessoal e profissional.

Administradores trabalham com pessoas, líderes mexem com as emoções.

Mas isso, por si só, não faz o líder moderno, ou seja, o líder empreendedor. O empreendedor, palavra de origem greco-latina ("pegar para conquistar"), é mais do que um empresário. Quem abre um negócio é, a priori, um empresário que visa o "poder" de buscar lucro para crescer e expandir seu negócio. Um empreendedor também visa "poder", mas vai além, busca o novo, o nunca experimentado, o aparentemente "louco". É impelido por três valores-chave: propósitos ousados (muitas vezes, carimbados por outros de utopia); envolvimento de talentos, buscando trabalhar com as melhores pessoas; e movimento de "quebra-mesmice" (muitas vezes, tachado de subversivo). Mas quais são os cincos passos para realizar uma gestão estratégica de liderança empreendedora, realmente eficiente?

- O primeiro é criar um ambiente de trabalho aberto, franco, informal e inovador, em que idéias e críticas fluam bem, como o fez Jack Welch, que sempre forçou iniciativas que promoviam o empowerment, ou seja, a delegação com responsabilidade e equipes autogeridas. E mais: não só criar condições para empreender, mas também formar empreendedores - esse é o grande desafio dos programas de liderança empreendedora corporativa.

- Outro ponto importante é aplicar, por meio dos seus seguidores, práticas de gestão corporativa de valor oxigenado, por seu alto teor de aprendizado contínuo, sem esquecer que o líder deve estar preparado para enfrentar as contingências, os riscos e as loucuras do mundo dos negócios.

- Criar movimentos de multiliderança é o terceiro passo. O líder sabe para onde se dirige. Porém, os melhores líderes sabem que só direção não basta, eles são contadores de história, líderes de torcida e facilitadores. Uma das definições mais singelas é de Jack Welch no livro Winning: "Ser líder é ajudar outras pessoas a crescer e a alcançar sucesso."

- Empenhar-se em gerar ou superar os resultados esperados, in­tegrando as atividades das pessoas, estimulando a aprendizagem contínua de suas equipes e promovendo a inovação também é fundamental. As competências ligadas ao papel de gestão devem ser treinadas por todos os profissionais, mas para os líderes essa importância torna-se ainda maior.

- O quinto passo é desenvolver para si e para os membros da equipe um conjunto de competências que permitam superar limites, bem como um estilo capaz de orientar pessoas e influenciar ambientes; isto é, aprender a comunicar objetivos de forma a ganhar o comprometimento da equipe; definir padrões de alto desempenho, compreender as necessidades e deficiências de cada profissional; estimular as ambições e virtudes de cada profissional; dar e receber feedback; conduzir reuniões com transparência e objetividade; estar antenado com o mundo exterior, para alimentar um ambiente propício à inovação.

Em cada estágio dessa evolução, o líder aprimora-se na função atual e prepara-se para as funções futuras. Com base nos cinco passos acima, o líder aponta marcos e desafios relevantes na educação de futuros líderes e mobiliza as pessoas para implantar mudanças. Para conseguir implantar o novo, é preciso mobilizar as pessoas, conseguir adesões, buscar sinergia e evitar antagonismos. É essencial estar atento e vigilante, gerenciando o que está acontecendo e o que vai criar o futuro, o conhecimento de amanhã. Não é mais apenas a gestão das pessoas, é, sobretudo, a gestão da base de conhecimento e do uso das informações. É a gestão do intangível, do conhecimento e da mobilização das pessoas em aplicar seu conhecimento para a mudança. Esse novo líder, então, tem de aprender a sintetizar e expor, de forma clara e objetiva, influenciando e conseguindo que cada um faça aquilo que é o melhor a ser feito, na visão dele.

Não tenha medo de ter sucesso, mas lembre-se: o atleta treina mais do que compete. Com o líder empreendedor acontece o contrário: ele compete mais do que treina, ou seja, há aqui uma inversão de pólos. Portanto, treine, treine, treine...

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[Washington Grimas]

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