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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

FALTA DE CONCENTRAÇÃO COMPROMETE A IMAGEM DO PROFISSIONAL

FALTA DE CONCENTRAÇÃO COMPROMETE A IMAGEM DO PROFISSIONAL

O sucesso ameaçado pela distração

J. Commercio - Aline Abreu


Todo mundo está sujeito a se distrair de vez em quando. Mas em demasia, a característica pode acabar comprometendo o desenvolvimento da carreira. Cabe ao profissional perceber quando a desatenção extrapola o limite do aceitável e tentar corrigir a falha. O primeiro passo é descobrir o que está motivando a falta de concentração. O diretor de vendas da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Nelson Silva, diz que na sua equipe funcionários distraídos não são nada bem-vindos. "Não há lugar no meu time para desatentos. Acho a característica extremamente negativa, sinônimo de falta de objetivo", argumenta o executivo.

Na mesma linha de pensamento vai o consultor Márcio Miranda, diretor do Grupo Townsend, consultoria especializada em RH, que tem lá suas restrições para profissionais dispersivos. Para o consultor, as empresas hoje em dia desejam funcionários com características como concentração, agilidade de raciocínio e objetividade. Qualquer atividade exige um pouco de atenção do profissional. Não dá para querer comparar a performance de um funcionário concentrado com a de um distraído. Os resultados serão diferentes - justifica Miranda.


Estabelecer prioridades e ter agenda organizada


Portanto, os profissionais com tal característica devem apressar-se para que o mal não acabe respingando na imagem e no desempenho. Um bom começo é estabelecer prioridades e concentrar esforços para alcançá-las. "Vale também ter uma agenda muito organizada e, quem sabe, cercar-se de profissionais com temperamento oposto, atentos a tudo o que acontece nos domínios da empresa", aconselha a psicóloga Iêda Carvalho, sócia-diretora da Humanus Consultores Associados. Nem todas as ações, porém, serão capazes de mudar o perfil do profissional. "Ele conseguirá reduzir os efeitos colaterais gerados pela distração, mas nunca mudar um traço pessoal. Por isso, o superior ao perceber que tem um integrante no grupo com esta característica, deve dar dicas ao subordinado de como administrar a deficiência, sem ter a pretensão de que algum dia ele mudará", acrescenta Iêda, que tem entre seus clientes CEG, LG e Petrobras. Se em alguns segmentos de mercado não há espaço para os desatentos, há setores em que eles conseguem espaço. "Caso dos profissionais voltados para o ramo artístico. Não dá para julgá-la sempre como desfavorável. O importante é reconhecer ter a característica e utilizá-la em prol da carreira", recomenda Dulce Magalhães, diretora da Work Educação Empresarial.

Na equipe do diretor de marketing da Ticket, empresa do Grupo Accor, Luiz Peduti, os profissionais com baixo nível de concentração não costumam ser preteridos. O executivo tem uma estratégia traçada para lidar com subordinados que se encaixem no perfil, já que dos 12 integrantes da área, dois - a dupla de criação - são considerados bem distraídos. Mas nem por isso deixam de cumprir os prazos determinados ou o desempenho deixa a desejar. - Para eles, estipulo prazos mais curtos e monitoro constantemente o rendimento. Sob pressão funcionam muito bem. Não dá para querer mudar as características pessoais, então administro a situação da melhor maneira - assinala Peduti.


Problema rende histórias engraçadas


Mas em doses homeopáticas, a distração pode gerar histórias engraçadas e não prejuízos à companhia. Como a vivida por João Teixeira, gerente executivo de RH e tecnologia da informação da petroquímica Petroflex. "Depois de horas de trabalho sem parar, fui ao banheiro, mas já estava agindo de forma mecânica. Acabei confundindo a lixeira com o vaso sanitário. Só fui perceber isso quando um colega entrou no banheiro e me chamou a atenção", diverte-se Teixeira. Um dos efeitos colaterais da sobrecarga de trabalho é justamente a dispersão. Mas não é só. Desmotivação, estresse insatisfação com a empresa ou problemas pessoais também integram a lista de motivos que podem acabar com a concentração do funcionário. "Resta saber se a situação é pontual ou se a característica é pessoal. No segundo caso, não há como corrigir, já que faz parte do perfil, mas sim como administrar a situação. Existem técnicas para diminuir a distração", aponta Dulce, que tem entre seus clientes Epson e Grupo Algar. O consultor em desenvolvimento de carreira Maurício de Paula é menos categórico. "Desde que o desempenho do profissional se sobreponha à desatenção, não vejo nada demais em mantê-lo na equipe. A distração pode ser trabalhada. Não é um defeito que jamais será corrigido", acrescenta o consultor, que tem em seu portfólio de clientes empresas como Oracle, Unibanco e Quaker.


Problema e solução

Distração em demasia pode significar ...


desmotivação do profissional.


estresse.

insatisfação com a empresa.

hora de redirecionar a carreira.

sobrecarga de trabalho.

problemas pessoais.


Como amenizar o mal


Estabeleça prioridades e concentre esforços para alcançar as metas traçadas.

Mantenha a agenda organizada.

Tenha na equipe integrantes com o tem>> peramento oposto, atento a todas as mudanças nos domínios da empresa.

Determine uma rotina constante de trabalho.

Crie o hábito de anotar num bloco à parte as tarefas a fazer e as pendências do dia seguinte

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